Entre as práticas mais comuns do mercado, estão fusão e aquisição de empresas. Duas medidas que geram resultados bastante interessantes para as companhias. Elas tanto podem ajudar aquelas que estão falindo, quanto os negócios que querem expandir seu alcance e aumentar os lucros.
Curiosamente, com a descentralização da economia local e uma maior expansão do mercado externo, esse tipo de iniciativa teve um crescimento interessante no país, principalmente entre as empresas estrangeiras e brasileiras.
No entanto, não é incomum que as pessoas confundam essas duas situações, acreditando que se tratam do mesmo assunto. Neste texto, vamos explicar cada um dos conceitos e evidenciar suas diferenças. Além disso, mostraremos o impacto dessas práticas no mercado e a importância das análises financeiras dentro do processo. Boa leitura!
Qual é o impacto de fusão e aquisição de empresas no mercado?
O mercado de M&A, ou fusão e aquisição, tem mostrado bons números no país. É importante, ressaltar que o Brasil tem a tradição de ter empresas familiares que atualmente buscam expansão tanto em seus processos quanto no número de investidores. As oportunidades de M&A são importantes para que elas se mantenham no mercado.
Os números dos últimos anos mostram que o país tem aproveitado essas chances. No primeiro semestre de 2018, por exemplo, transações desse tipo tiveram uma alta de 18% em relação a 2017: no ano todo, foram 658 operações. Já em 2019, o resultado também foi positivo. De acordo com a PWC, foram mais de 912 operações, um aumento de 39% em relação ao ano anterior.
Quais são as diferenças entre fusão e aquisição?
Como explicamos no início do texto, existe a tendência a acreditar que são termos iguais para o mesmo assunto. Entretanto, são conceitos completamente diferentes e é importante conhecê-los para não cometer erros.
Dessa forma, a fusão pode ser descrita quando duas empresas diferentes, que podem ou não ter tamanhos iguais, fazem uma troca de ações e formam um outro negócio. Ou seja, elas deixam de existir judicialmente e se tornam uma nova companhia. Nesse caso, é comum que as companhias sejam do mesmo mercado, juntando-se frequentemente para criar outra maior com o objetivo de ter uma atuação mais sólida.
No caso de uma aquisição, o que acontece é que uma companhia compra ações ou parte de outra. O negócio comprado se integra à compradora e há a possibilidade de deixar de existir. Diferentemente da fusão, existe a tendência de que as empresas não sejam da mesma área.
Qual é a importância da saúde financeira da empresa no M&A?
Os processos de M&A são períodos de grande transformação para as empresas envolvidas, gerando necessidades de adaptação e até mesmo de avaliações para ver se a medida trará um bom resultado. Nesse sentido, a saúde financeira pode fazer uma diferença enorme para que a M&A seja efetivada.
Um dos indicadores que mostram que uma empresa é atrativa para outras é o valuation. Vamos entender mais a seguir.
O que é o valuation?
De forma resumida, está relacionado ao valor que a empresa tem no mercado. Porém, entenda que os aspectos para saber qual seria esse número são mais amplos do que a quantidade de clientes ou preço de produtos.
O valuation engloba tudo aquilo que a companhia é, considerando tanto o que ela gera para o mercado quanto seu estabelecimento e o que pode oferecer para os investidores. Conceitos como a reputação da marca, o Retorno Sobre o Investimento (ROI) e a capacidade de vendas estão assimilados a essa medida.
Vamos usar o exemplo do McDonald’s: ir à lanchonete ou comprar um hambúrguer vai além de se alimentar. Hoje em dia, essa empresa tem um conceito de fast food que é reproduzido por todas as outras companhias. Seu valor vai muito além da quantidade de funcionários que tem ou de clientes que atende. Trata-se de uma marca modelo que já está no inconsciente de muita gente quando se pensa em fast food.
Sendo assim, é possível entender o valuation como uma forma de quantificar a importância de um empreendimento não só para o mercado, mas também para a vida das pessoas.
O que é analisado nas finanças da empresa?
Para definir o valuation da empresa, é feita uma análise preditiva a partir de diferentes indicadores. Na sequência, separamos 4 métodos que são comuns para defini-lo. Confira!
Fluxo de caixa descontado
Diferentemente do fluxo de caixa habitual, no descontado, a estimativa de entradas e saídas da empresa é feita sem considerar as alterações econômicas ou suas estratégias, utilizando predições futuras e evitando a tendência comum do fluxo de caixa, que é de apresentar resultados decrescentes.
Múltiplos de mercado
Nesse método, a empresa costuma ser analisada por seus indicadores. O mais utilizado é o EBITDA, responsável por mostrar o lucro antes dos impostos, juros, depreciações e amortizações.
Contudo, o resultado tende a não ser tão preciso, já que é um modelo de comparação, deixando de lado as características específicas do negócio, bem como não focando no momento atual da companhia, mas em todo o período.
Valuation Contábil
Para esse método, as informações contábeis são de extrema importância — inclusive, o principal dado utilizado é o patrimônio líquido. Nele, a amortização e depreciação de determinado momento são avaliadas, porém os bens tangíveis, como marca, franquias, entre outros, não.
Valuation de liquidação
Ele é bastante comum no caso de empresas que estão fechando, por isso o nome. Neste caso, são somados os ativos e depois subtraídos os passivos. Além disso, leva-se em consideração o tempo, principalmente as estimativas de curto prazo para saber o quanto vale o que restou de patrimônio.
Ao longo deste texto, você viu o que são e como funcionam a fusão e aquisição de empresas. Também foi possível entender o quanto a saúde financeira pode fazer a diferença nesses processos, auxiliando para que a empresa seja bem-vista no mercado.
Esperamos que nosso conteúdo tenha ajudado a entender melhor sobre o assunto. Não se esqueça de compartilhá-lo para auxiliar outras pessoas a conhecer mais sobre o tema!
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