Em momentos de crise econômica, a primeira reação é se desesperar. Parece que não há tempo para pensar em nada, muito menos no que está fazendo o seu negócio ir tão mal.
A questão é que, sejam fatores externos, sejam fatores internos, a melhor alternativa é sempre a análise fria sobre o momento. Mas como fazer isso em um mercado que cada vez mais precisa de números exatos para se definir? A resposta está em utilizar os dados ao seu favor, ou seja, usar indicadores de negócios.
É muito difícil que você não tenha ouvido falar sobre eles. Neste texto, vamos apresentar os principais para períodos de crise. Continue a leitura e confira!
A importância de realizar o acompanhamento do negócio por meio de indicadores
Saúde financeira — uma condição tão almejada por qualquer empresa e, ao mesmo tempo, tão difícil de alcançar. Quando pensamos no desempenho de um negócio, inevitavelmente uma das maiores preocupações da gestão é garantir recursos suficientes para continuar operando e, simultaneamente, diminuir os custos e aumentar o lucro.
Como saber se a empresa está no caminho certo? Como entender o que precisa ser mudado e, principalmente, como descobrir se os clientes ainda estão satisfeitos? Os indicadores de negócios são a resposta.
Eles são a referência para conhecer e analisar o negócio, ajudando a gestão a não só entender o que está errado, mas a manter-se no foco. Os indicadores também garantem que seja possível saber o que se pode fazer. Logo, sua aplicação não poderia ser restrita a apenas um setor da empresa. Eles podem ser usados para:
- vendas;
- cancelamentos;
- satisfação do cliente;
- inadimplência;
- fluxo de caixa.
Os 5 principais indicadores de negócios para acompanhar
Existem muitos indicadores para entender o desempenho de uma empresa. Além disso, há aqueles que acompanham o mercado de uma maneira geral, como a SELIC e o IPCA, muito utilizados por investidores. Mas quando falamos das questões internas de um negócio, principalmente se tratando de mensurar resultados em épocas de crise, encontramos alguns mais específicos. Vamos entender melhor a seguir.
1. Perda e Turnover de Clientes (Churn)
Talvez um dos maiores sinais de que algo está dando errado seja a perda de clientes. Mas, é possível ter uma dimensão exata disso? Claro que a queda do faturamento é um sinal, porém, isso pode estar ligado a outros fatores, como um novo empréstimo ou investimento. Então, como saber o que realmente está acontecendo? Pela taxa Churn.
Ela representa a quantidade de clientes que você perdeu durante um período. Sua fórmula consiste em subtrair do número de consumidores de um determinado mês o número de compradores que foram embora, definindo a porcentagem. Um detalhe é que até 40% é aceitável, caso passe desse valor, é hora de a empresa repensar o que está fazendo de errado.
2. Ticket Médio
Para entender com mais profundidade o processo de vendas do seu negócio, saber o valor do ticket médio é fundamental. Há três maneiras que a sua empresa pode trabalhar com ele: por cliente, por vendedor ou por compra. Cada um fornece uma informação específica sobre a maneira como a sua companhia oferece um serviço ou produto.
Pelo cliente, é possível saber quem é que compra mais, pelo vendedor, dá para saber quem consegue trazer melhores resultados. Para saber como calcular, basta pegar o número de faturamento do período de interesse e dividir pelo número ou de compradores, ou de vendedores, ou de vendas.
3. Margem Líquida
É uma forma de entender o quanto a empresa tem de lucro líquido depois de suas vendas e do pagamento das despesas. É um importante indicador, pois, demonstra o que a companhia consegue de acordo com cada venda. Quanto maior for o seu valor, mais o negócio tem sobrando em seu caixa.
Para calculá-la, pega-se o lucro líquido e divide-o pela receita líquida, multiplicando esse valor por 100.
4. Margem de Contribuição
Este é outro importante indicador, voltado para os processos de transação do negócio. Nele, o objetivo é saber quanto da venda de cada produto poderá ajudar a empresa a cobrir todos os seus custos e gerar lucro. Em um momento de crise, sabemos que entender esse valor pode ser crucial para a sobrevivência do negócio, além de ajudar no planejamento dos próximos meses.
Um fator interessante é que ela não só indica que talvez a companhia precise vender mais, mas pode ser fundamental para entender que, às vezes, a empresa está vendendo muito e não arrecadando o suficiente.
Para o seu cálculo, é preciso que se conheça quais são as despesas e os custos variáveis. O primeiro está ligado ao funcionamento do negócio, como aluguel, luz, água. Já o segundo se refere à produção (matéria-prima, salário dos funcionários etc). A fórmula da margem de contribuição é bastante simples: preço de venda – (custo variável + despesa variável).
5. Liquidez corrente
Esse é um indicador relacionado ao curto prazo, especificamente, o quanto a empresa precisa receber nesse período e o quanto ela tem que gastar. A grande questão que ele responde é: quanto o negócio tem para realizar os seus pagamentos em um curto prazo?
A fórmula é: ativo circulante/passivo circulante.
Caso o resultado seja maior que 1, significa que o negócio tem capital suficiente para liquidar suas despesas e custos. Agora, se for menor que 1, então a empresa não tem o necessário. E, igual a 1, mostra que tanto o que ela recebe quanto gasta têm valores aproximados.
As vantagens de utilizar os indicadores de negócios
Como podemos ver, esses indicadores são ferramentas que ajudam a ter uma visão exata do que está acontecendo no negócio. Eles são uma maneira de a gestão conhecer verdadeiramente a empresa e entender o que precisa ser mudado. Mas, além disso, os indicadores de negócios oferecem:
- redução de custos;
- dados para a tomada de decisões;
- mais transparência nos resultados;
- melhor eficiência;
- auxílio nas ações de redução de inadimplência.
Falamos aqui sobre como os indicadores de negócios são importantes para ajudar a empresa em seu crescimento. Se usados juntos às estratégias e ao planejamento, eles fornecem dados precisos para tomadas de decisões.
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