Você sabe como funciona o investimento em IPO? Descubra!

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Sempre que uma empresa decidir pela abertura de seu capital por meio da oferta de ações, processo chamado de IPO, um burburinho toma conta do mercado. E não é por menos: essa etapa é uma das principais no crescimento de qualquer empreendimento e representa o estágio em que ela passa a ocupar uma posição de destaque entre as concorrentes.

Porém, mesmo que uma série de razões levem a empresa a essa atitude, muitas dúvidas surgem a respeito desse procedimento. Para ajudar nisso, vamos explicar neste conteúdo tudo o que você precisa saber sobre o investimento em IPO. Esperamos que goste da leitura!

O processo de IPO

Conforme já indicado na introdução, a Oferta Pública Inicial (ou Initial Public Offering, na sigla em inglês IPO) é o processo pelo qual uma empresa decide abrir seu capital a investidores. Normalmente, isso é feito por meio da emissão de ações. Assim, parte ou o todo do capital do empreendimento é dividido em centenas de milhares de fragmentos.

Cada um desses fragmentos é uma ação. A partir disso, quem acredita no potencial do negócio de gerar lucro adquire uma ou mais delas. Na prática, isso significa que o investidor está colocando seu dinheiro na empresa com a expectativa de que ela renda bons resultados para os acionistas e/ou ainda que possibilite a valorização dos papeis.

Desse modo, quem tem os papéis em mão tem a opção de vendê-los por um valor maior do que aquele inicialmente pago, obtendo lucro com a transação.

Quase sempre, a decisão de uma empresa pela IPO envolve o seu desejo ou necessidade de expandir suas atividades, pois é uma forma de captar recursos no mercado junto a investidores interessados, mesmo que na maioria dos casos esse processo seja longo e burocrático, pois exige o cumprimento minucioso de uma série de obrigações.

Outro ponto pertinente de uma abertura de capitais é que boa parte das informações financeiras do negócio se tornam públicas. Com isso, fornecedores e outros agentes externos terão acesso a esses dados, o que torna possível que eles dificultem determinadas transações em busca de acordos mais vantajosos.

Ainda assim, normalmente financiar a expansão por meio de emissão de ações é mais barato do que emitir títulos de dívida (como as debêntures) ou contratar crédito no mercado, pois os juros pesam na operação.

Além disso, a captação de recursos junto a investidores dá mais tempo para a empresa, que não tem um prazo para amortizar o valor captado. Isso será feito à medida que o faturamento e o lucro aumentarem.

Por fim, se bem-feita, a IPO garante à empresa maior liquidez, facilita a sucessão patrimonial e a transição no comando do negócio e melhora a imagem perante o mercado e o público em geral, já que os padrões de governança corporativa de uma organização de capital aberto são muito elevados.

As etapas de uma IPO

O resultado de um IPO é consequência de uma série de etapas que devem ser seguidas à risca. Tenha em mente que nenhuma abertura de capital acontece de um dia para outro. Nos tópicos a seguir, você encontra, de forma resumida, os principais pontos que uma empresa precisa percorrer para estrear na bolsa.

Planejamento e auditoria

Para entrar na bolsa de valores, a empresa deve apresentar todo o detalhamento da sua condição financeira em relação a um período de pelo menos 3 anos. Isso é feito com a apresentação de balanços auditados. Em paralelo, é preciso elaborar um planejamento para sua oferta pública, incluindo o volume de recursos que se deseja captar e o tipo de ação a ser ofertado.

Divulgação

As empresas em processo de abertura de capital geralmente organizam reuniões e eventos em que apresentam seus planos diante de potenciais investidores. Para despertar ainda mais o interesse, é normal que essas apresentações sejam conduzidas por executivos de alto escalão.

Registro e listagem

Nessa etapa, é preciso cumprir mais uma série de requisitos burocráticos. Entre os principais, estão o registro na Comissão de Valores Imobiliários e a listagem na bolsa de valores (que no Brasil é gerida pela B3).

Publicação do prospecto

Esse é um extenso relatório que fornece ao mercado todas as informações sobre a empresa que está prestes a abrir seu capital, incluindo detalhes da oferta inicial, perspectivas e potenciais riscos. O conteúdo desse documento serve para embasar a decisão dos investidores.

Período de reserva

Antes da estreia, é delimitado um período no qual investidores podem dizer quantas ações desejam adquirir. A partir dessa demanda, é estabelecido o preço e a quantidade de papeis para o dia da estreia na bolsa.

Dia da estreia

Cercado de tensão, mas ao mesmo tempo de muita festa, essa é a data que marca a efetiva entrada da empresa entre aquelas negociadas na bolsa. Nas primeiras horas da negociação, costuma-se acompanhar de perto o sobe e desce da cotação, já que isso indica a recepção pelo mercado.

O momento certo para investir em IPO

É claro que existem outras formas de uma empresa levantar dinheiro para colocar em curso seus projetos. No entanto, poucos deles trazem tanta repercussão positiva quanto uma IPO — desde o que o processo seja bem conduzido, é claro.

No entanto, para que seja efetivamente um bom negócio, é preciso ponderar sobre alguns riscos, como a possibilidade de o mercado não receber bem a nova empresa de capital aberto ou ainda a necessidade de os antigos sócios majoritários terem que se desfazer do negócio em decorrência da abertura de capital.

Por fim, é preciso reforçar que, a partir desse momento, todos os movimentos da empresa serão vigiados de perto não apenas pelos investidores, mas pelas autoridades regulatórias. Logo, qualquer desvio de conduta resulta em perdas de valor de mercado e de reputação.

O investimento em IPO representa uma oportunidade única na trajetória de qualquer empresa. Porém, todo o processo deve ser conduzido com calma e planejamento para que o resultado alcançado seja o melhor possível dentro daquilo que foi proposto no momento que tal decisão foi levada em frente pelos gestores.

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